A dependência química é uma doença?

Sim. A dependência química é classificada como uma doença. Tem base biológica, sinais e sintomas característicos, conceituada como uma doença progressiva, atingindo o ser humano em todas as suas áreas: física, psíquica e social.

A dependência química tem cura?

Não. A dependência química é considerada uma doença crônica, incurável, com uma evolução própria, podendo levar à insanidade e prejuízos significativos. Porém, é tratável, sendo necessário ter-se perseverança, visão de conjunto, competência e conscientização para se construir uma recuperação.

Como é o tratamento?

É indicado que seja realizado por uma equipe multidisciplinar, já que diversas áreas da vida da pessoa são afetadas: psicológica, biológica, familiar, social e ocupacional. A recuperação envolve a habilitação social e/ou a aprendizagem de capacidades, atitudes e valores comportamentais associados à vida socializada e a aprender ou reaprender a ter estilos de vida positivos em que as drogas não se façam presentes. A recuperação envolve ainda a mudança do modo como os indivíduos percebem a si mesmos, no mundo, ou seja, sua identidade.

O que é codependência?

A codependência é classificada como um abalo emocional, relacionado aos familiares dos dependentes químicos. Codependentes são esses familiares, que vivem em função da pessoa doente, ou seja, vivem tentando ajudar a pessoa, esquecendo, na maior parte do tempo, sua própria pessoa em função do outro. É comum a baixa autoestima e/ou sentimento de culpa. Enfim, a dependência química é uma doença que não atinge apenas o usuário, mas também todos à sua volta, principalmente sua família.

A bebida alcoólica pode levar a outras drogas?

Depende do indivíduo, porém pode-se considerar uma porta de entrada quando usada regularmente. Para os adolescentes que buscam novas sensações é apenas o início; passado algum tempo a sensação conseguida já não é suficiente, e novas drogas começam a aparecer em cena. Essa mistura de álcool/droga é muito complicada, já que se tornam complementares.

Como reconhecer um dependente químico?

Normalmente, pela alteração do comportamento. Olhos arregalados e brilhantes, vidrados; o viciado fala rapidamente e alto, vai mal na escola, muda o grupo de amigos, não consegue mais cumprir horários, deixa de lado a higiene, não se preocupa com a alimentação, começa a mentir, manipula as situações a ponto de confundir as outras pessoas, muda constantemente de humor etc.

Se você notar qualquer alteração no comportamento do seu filho, fique de olho, converse e procure um profissional.

Falando abertamente sobre suicídio

As razões podem ser bem diferentes, porém muito mais gente do que se imagina já teve uma intenção em comum. Segundo estudo realizado pela Unicamp, 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso. Na maioria das vezes, no entanto, é possível evitar que esses pensamentos suicidas virem realidade. Leia mais…